Há 2 dias (22/06/2011) ocorreu no UniCEUMA, um momento histórico e marcante dentro do curso de medicina. Estudantes insatisfeitos com decisões, não-democráticas, tomadas por parte do Colegiado e aprovada pelo NDE, com consenso da coordenação do curso, realizaram um protesto pacífico contra elas.
Voltamos ao acontecido:
Os órgãos supra-citados decidiram em assembléia, de forma isolada (sem a presença do representante discente), a mudança na metodologia de ensino (PBL), fugindo do projeto político-pedagógico adotado desde o princípio da fundação do curso. Alegam que estava ocorrendo uma "falsa avaliação" dos estudantes, por deficiência da metodologia avaliativa.
Dizem eles: "Muitos alunos recebem a nota máxima na tutoria e são aprovados facilmente no módulo".
A realidade é que existe uma carência da instituição em avaliar as notas atribuídas pelos tutores, visto que alguns não seguem os parâmetros instituídos pelo projeto político-pedagógico ou não são qualificados para o mesmo, gerando um "FESTIVAL DE 10".
Outra constante, é a redução da carga horária atual (8.500 horas), para o limiar mínimo (7.200 horas) instituído pelo MEC, gerando assim alterações contratuais e uma perda de 1.300 horas em qualificação médica dos futuros estudantes. Fato preocupante, não? Seria amenizado se a diminuição ocorresse também na bagatela de R$4.500,00 pagos mensalmente por cada estudante à instituição de ensino, totalizando aproximadamente R$2.500.000,00 (Dois milhões e quinhentos mil reais) mensais.
É exigido ainda pelos estudantes, visto o valor pago, uma melhoria na remuneração dos professores, para que os mesmos sejam minimamente estimulados, pois atualmente vivem uma realidade de R$25,00 hora/aula, carência de materiais para trabalho e estrutura física inapropriada para a realização de suas funções, gerando abandonos e um reduzido corpo discente especializado.
O protesto ocorreu na praça de alimentação seguindo em direção à reitoria. Os alunos estavam vestidos de roupa preta, narizes de palhaço, apitos e cartazes erguidos. Gritos como: "PBL", "Dê valor ao professor", "Não queremos tutoria meia-boca" foram ouvidos nos quatro cantos do UniCEUMA. O mesmo durou cerca de 1 hora e foi interrompido com a chegada do coordenador e pró-reitor do curso de medicina, para discussão das reivindicações com o Centro Acadêmico (CAMUC) e líderes de turma.
Iniciou-se assim uma série de reuniões em que "gritaremos" por melhorias na qualidade de ensino.
Novas notícias serão postadas no decorrer da semana. Fique por dentro!