Relógio

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um "grito" à Medicina

   Há 2 dias (22/06/2011) ocorreu no UniCEUMA, um momento histórico e marcante dentro do curso de medicina. Estudantes insatisfeitos com decisões, não-democráticas, tomadas por parte do Colegiado e aprovada pelo NDE, com consenso da coordenação do curso, realizaram um protesto pacífico contra elas. 

  Voltamos ao acontecido:

  Os órgãos supra-citados decidiram em assembléia, de forma isolada (sem a presença do representante discente), a mudança na metodologia de ensino (PBL), fugindo do projeto político-pedagógico adotado desde o princípio da fundação do curso. Alegam que estava ocorrendo uma "falsa avaliação" dos estudantes, por deficiência da metodologia avaliativa. 

  Dizem eles: "Muitos alunos recebem a nota máxima na tutoria e são aprovados facilmente no módulo".

  A realidade é que existe uma carência da instituição em avaliar as notas atribuídas pelos tutores, visto que alguns não seguem os parâmetros instituídos pelo projeto político-pedagógico ou não são qualificados para o mesmo, gerando um "FESTIVAL DE 10". 

  Outra constante, é a redução da carga horária atual (8.500 horas), para o limiar mínimo (7.200 horas) instituído pelo MEC, gerando assim alterações contratuais e uma perda de 1.300 horas em qualificação médica dos futuros estudantes. Fato preocupante, não? Seria amenizado se a diminuição ocorresse também na bagatela de R$4.500,00 pagos mensalmente por cada estudante à instituição de ensino, totalizando aproximadamente R$2.500.000,00 (Dois milhões e quinhentos mil reais) mensais.

  É exigido ainda pelos estudantes, visto o valor pago, uma melhoria na remuneração dos professores, para que os mesmos sejam minimamente estimulados, pois atualmente vivem uma realidade de R$25,00 hora/aula, carência de materiais para trabalho e estrutura física inapropriada para a realização de suas funções, gerando abandonos e um reduzido corpo discente especializado.

  O protesto ocorreu na praça de alimentação seguindo em direção à reitoria. Os alunos estavam vestidos de roupa preta, narizes de palhaço, apitos e cartazes erguidos. Gritos como: "PBL", "Dê valor ao professor", "Não queremos tutoria meia-boca" foram ouvidos nos quatro cantos do UniCEUMA. O mesmo durou cerca de 1 hora e foi interrompido com a chegada do coordenador e pró-reitor do curso de medicina, para discussão das reivindicações com o Centro Acadêmico (CAMUC) e líderes de turma. 

  Iniciou-se assim uma série de reuniões em que "gritaremos" por melhorias na qualidade de ensino.

  Novas notícias serão postadas no decorrer da semana. Fique por dentro!

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